quinta-feira, 2 de junho de 2011

A VIDA MONÁSTICA


Nos primeiros séculos do cristianismo, os monges afastaram-se das cidades para buscar, na solidão do deserto e numa vida de despojamento, o clima propício para o encontro com Deus.
Embora seja um modo de vida especial, a vocação monástica sempre se conservou atuante na Igreja. O monge não foge do mundo, mas dele se afasta; renuncia a si, desejoso de seguir o Cristo no "deserto espiritual", lugar de conversão e de profundo encontro com o Senhor.
Assim, colocando-se à certa distância da sociedade, o monge se entrega totalmente ao Cristo e assume uma disciplina calcada pela sabedoria de uma milenar tradição espiritual que lhe é transmitida por um mestre e uma comunidade.
Buscando a Deus, o monge se dispõe a um contínuo e entusiasmado processo de conversão no dia-a-dia de sua vida comunitária. A comunidade torna-se a "Escola do Serviço do Senhor", sob a direção de um pai, o Abade, e pela Regra, que orienta a vida dos mosteiros. À oração e ao silêncio interior, expresso na vida cotidiana do monge, une-se, naturalmente, o trabalho manual e intelectual, realizado por todos, em espírito de amor ao Senhor e de serviço aos homens.
A vida do monge é toda alicerçada na fé, experimentando constantemente a Morte e Ressurreição de Cristo, com tudo o que isso implica: despojamento, humildade, paz, serviço, alegria, liberdade. Dentro do mosteiro o monge permanece aberto às necessidades dos cristãos e ao acolhimento que, junto à oração e o trabalho, formam os carismas fundamentais da vida beneditina. É livre para encontrar e amar a todos, e quer ser, segundo a vontade de Deus, um instrumento do seu Reino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário